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segunda-feira, 13 de maio de 2019

Atividade Esportiva – Rope Skipping


Trabalho promovido pelo professor de educação física Sr. Igor Smaniotto, teve por objetivos apresentar e interagir com os alunos das turmas do 4º e 5º ano escolar o Rope Skipping que é uma atividade física que tem por base o aproveitamento desportivo de um gesto ancestral: Saltar à Corda, utilizando uma diversidade de saltos, acrobacias e manejos de corda bem como infinitas combinações de habilidades e possibilidade de sincronismo entre os saltadores e a música.

Fundamentação Teórica do trabalho do professor:

Rope Skipping: Uma experiência com alunos do 4º e 5º ano do ensino fundamental 1 da escola Reinaldo Weingartner

Professor Igor Smaniotto – Educação Física

O Início

Através de pesquisas e estudos sobre conteúdos da Educação Física, encontrei um esporte pouco conhecido e praticado no Brasil. O Rope Skipping me chamou atenção por três motivos. O primeiro, a nostalgia da corda, que fez parte da minha infância e me proporcionou diversas práticas corporais ricas e prazerosas. O segundo motivo, seu aspecto competivito-coletivo. Nesta modalidade os participantes devem formar equipes para participar das competições oficiais, entretanto o foco foi a superação pessoal de cada aluno a conseguir realizar os saltos na corda dupla. Por fim, o terceiro motivo, foi a
facilidade de relacionar o Rope Skipping com a ginástica (conteúdo trabalhado anteriormente no primeiro bimestre), através dos saltos e na manipulação de implementos, neste caso a corda.

O equilíbrio do esporte e o prazer

Mesmo sendo um dos conteúdos importantes no contexto das diretrizes escolares, a ginástica em si, poderia estar mais presente no âmbito escolar. A falta de informações, aparelhos com auto valor, espaços inadequados, e até mesmo pela esportivização da educação física, faz com que a ginástica não tenha tanto espaço em salas de aula. Surge assim o enriquecimento da ginástica geral, onde agrega diversas manifestações gímnicas e outros componentes da cultura corporal, que não tem característica principal a
competição.

Com o caráter competitivo do esporte, o lúdico vem sendo esquecido com o passar do tempo. Porém, percebeu-se a necessidade de resgatar a ludicidade no esporte, principalmente para torná-lo mais educativo.

É válido nesse momento uma definição sobre ludicidade. Segundo Prado (1991, p.78), lúdico é uma categoria adjetivadora da atividade construída socialmente e de forma diferenciada em cada cultura. È um conjunto complexo de elementos especificamente humanos que cria espaço de jogo entre o real e o imaginário, sendo que sua natureza se transforma conforme a cultura, a história e as condições objetivas em que o indivíduo e o grupo se inserem.
Nesse entendimento, Oliveira (2005, p.200) acredita que com o resgate do lúdico no esporte da escola, transformaria “o compromisso com a vitória em compromisso com a alegria e o prazer”. Acredita também no aprofundamento da relação “esporte-ludicidade”.



Experiência nova para todos

Para a introdução do esporte Rope Skipping, realizamos uma seção de cinema com o filme “Jump in!” que aborda o esporte, nos mostra seus movimentos básicos e como as competições são realizadas. Por ser um filme interessante e trazer um conteúdo específico da matéria, escolhi para gerar curiosidade e interesse na modalidade.

Na segunda semana realizamos os primeiros educativos para a iniciação do esporte. A iniciação esportiva para o Rope Skipping, não possui vasta quantidade de material, nem educativos disponíveis como as modalidades já consagradas possuem. Pensando em formas de introduzir de maneira progressiva e mais fácil possível, inventei algumas atividades e formas de pular para não desanimar os alunos por conta da dificuldade.

Os primeiros contatos foram sempre com uma corda, pois para pular a corda dupla, mais conhecida oficialmente por “Double Ducth”, era preciso pular apenas com uma corda, realizando alguns movimentos que ajudariam posteriormente na execução dos saltos na corda dupla.

Aproximadamente na terceira semana começamos a pular com duas cordas. Os alunos pareciam ansiosos e com um pouco de medo deste desafio, mas ao mesmo tempo muitos se mostraram empolgados com a ideia. Tive inclusive relatos de irmãs que treinaram em casa a corda dupla.


Adversidades e desafios

Algo estava nos atrapalhando, as cordas que estávamos utilizando não eram as mesmas utilizadas na modalidade esportiva de corda, seu material era diferente, o que estava prejudicando nosso desempenho.

Através de contatos de integrantes do grupo de Rope Skipping aqui do Brasil, chamado “Pé de Mola” que é se não o único, um dos únicos grupos da modalidade, consegui trocar informações de como realizar a confecção de uma corda que iria melhorar nossa prática. A corda foi confeccionada pelos alunos, e eu realizava as partes mais complexas, cada aluno fez pelo menos um “rolinho” para a corda, sendo que usamos em torno de 200 “rolinhos”.

Na quarta semana, após a confecção e transmissão de conteúdos sobre o assunto, finalmente a corda ficou pronta e realizamos a prática para testá-la. Ela se mostrou melhor que as outras cordas, mas acredito que cordas oficiais seriam ainda melhores. Agora o tempo fará os alunos se adaptarem com a corda, os saltos e o tempo certo para realizar os pulos e entradas.


Acredito que modalidades pouco exploradas trazem conhecimentos diversos, que dão bagagem aos alunos, sendo que eles já conhecem os mais famosos, como futebol, vôlei e etc. Com certeza os alunos levam um novo conhecimento de um esporte que poucas pessoas conhecem. Espero que possam levar esse conhecimento para a vida e em suas práticas do dia a dia.


OLIVEIRA, Sávio de Assis. Reinventando o esporte: possibilidades da prática pedagógica. 2ª ed – Campinas, SP: Autores Associados, 2005.
PRADO, M. M. R do. Descobrindo o lúdico: a vivência infantil na sociedade moderna. Campinas, 1991. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual Campinas.

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